Shinobi

No começo do século XVII, o xogum Yeyasu Tokugawa unificou o Japão sob uma autoridade única, no que ficou conhecido como o Período Edo [Edo é a atual cidade de Tóquio, nonde Tokugawa estabeleceu-se]. Algumas eminências pardas o aconselharam a neutralizar os clãs ninjas, que obedeceram ao senhor local durante os séculos em que o país esteve dividido entre feudos e que portanto representam uma ameaça ao Senhor dos Senhores. Dentre as eminências pardas encontramos Yagiyu* e Hattori Hanzo** [hah! reconheceu os nomes, né?], que temem especialmente os clãs shinobi [outra denominação para "ninja"] Iga e Kouga, inimigos declarados há mais de 400 anos.

Esta é a trama do filme Shinobi - A Batalha, que ganhou o prêmio equivalente ao Framboesa de Ouro no Japão mas que eu gostei mucho. A estética lembra Zatoichi, a coreografia lembra os filmes wuxia chineses [O Tigre e O Dragão, por ex.], parte da trama lembra Píramo e Tisbe [ou Romeu e Julieta, se preferir] e os shinobi lembram os X-Men, ou seja, tudo o que eu gosto!

Não chega a ser um TFF, mas reveria sem problema.

* V. mangás Lobo Solitário e Livro do Vento
** V. filmes Kill Bill vol. 1 e 2

Zóios fundos

Livro que te segura acordada no meio da madrugada é a coisa mais boa que há. Dane-se o efeito colateral.

A gente não quer só comida

No princípio era o Verbo... Ops, os japoneses tentando proteger a tradição e a qualidade dos seus pratos típicos em restaurantes fora do país [v. Governo aprova policiamento da culinária japonesa].

Agora a Itália lança uma cruzada pelo mesmo motivo [v. Academia da Cozinha quer combater comida italiana ruim].

Em Portugal não se chega a extremos ainda, mas há pelo menos uma voz a se levantar, embora para um outro lado [v. O sentido da refeição está a morrer].

Papo de comadre? De jeito maneira. As expansões e migrações só aconteceram por causa de comida.

Naughty boy

Time: "Pity the poor hero. Oh, he gets the girl and saves the planet, but where's the fun in that? Love and duty are a puny match for the epochal mischief a prime bad guy can stir up. The villain may be the supporting part, but it's often the juiciest--from the snake upstaging Adam in the Garden of Eden to Shylock eclipsing Antonio to Jack Nicholson as the Joker in Batman swiping the spotlight from (hmm, who was that?) Michael Keaton."

De fato! Cinema tem retratado os vilões [e os anti-heróis] como mais inteligentes, espertos, fortes e fazíveis do que os bananas dos heróis, que na maioria das veiz vencem mais por sorte e/ou erro do vilão do que por méritos próprios.

E achei interessante ver a Dolores Umbridge como a vilã destacada pelo quinto filme da série Harry Potter, no mesmo filme em que Você-Sabe-Quem confirma seu retorno. Uma frase de [Lupin? Sirius? deu branco...] me marcou muito neste livro: "o mundo não está dividido entre os bons e os Comensais da Morte, Harry".

Questão de prioridades

Por isso prefiro passar o tempo lendo gibi.

E Lobo Solitário.

Atualização: Chorei feito bezerro na página 57 do penúltimo volume. Eu quero um Daigoro pra mim.

Do menor esforço

Aí você pensa em escrever um longo e-mail entusiasmado, cheio de idéias e sugestões, e se lembra das vezes anteriores em que a resposta eram palavras de concordância mas as ações não correspondiam ao que era dito, e se poupa do trabalho.

Momento umbigo

Não tem treinamento gerencial, MBA, faculdade, palestra motivacional ou o cazzo que for que ensine uma pessoa a ter caráter ou a se portar de forma ética.

Ecoplástico

ComputerWorld: "Uma parceria entre as empresas Metabolix e ADM, especialistas em produtos de baixo impacto para o meio ambiente, anunciaram a produção em massa do Mirel, liga de plástico feita a partir de compostos orgânicos."

Eu nem me lembro mais quando foi que ouvi falar pela primeira vez do plástico de milho mas aí está! Como dizia aquele jingle da Globo, o futuro já começou.

Túnel do tempo

Bonanza ou Chaparral?

Baker ou Poncherello?

Tu-Tubarão ou Scoobi-Doo?

Olho Vivo ou Faro Fino?

Batman ou Superman?

Speed Racer ou Corredor X?

O Homem do Fundo do Mar ou Bobby Ewing?

Major Nelson ou J.R.?

Família Do-Re-Mi ou Família Buscapé?

Jeannie ou Samantha?

Samantha ou Serena?

Poderosa Isis ou Mulher-Maravilha?

Columbo ou Baretta?

McGyver ou Missão Impossível?

...

Bolo ou salgadinhos??


É dura a vida de quem está em dieta...
;o)

* Publicado originalmente em 29 de abril de 2003; republicação provocada pela leitura do Almanaque dos Anos 80.

Cabeça vazia...

O papa é pop na língua do pê.

Yummi

Henshin: "Desta vez, a votação coloca vários bishonen conhecidos para desfilar. A palavra, em japonês, significa literalmente garoto bonito. Mas, nos universos do anime e do mangá, o termo é mais usado para os personagens masculinos de beleza mais graciosa, traços mais elegantes... próximos aos metrossexuais."

Dos citados só conheço Fruits Basket e Sakura Cardcaptors, e deles gosto mais de Hatori Sohma nium e de Touya Hinomoto [que é personagem de Tsubasa Reservoir Chronicles também] ni outro - mas eles não podem ser considerados bishonen, né? Ou são?

Os concorrentes são:
. Yuki, de Fruits Basket
. Kurama, de Yu Yu Hakusho
. Darien, de Sailor Moon
. Kamui, de X
. Sesshou-Maru, de Inu-Yasha
. Yukito/Yue, de Sakura Card Captors
. Aoshi, de Samurai X
. Lantis, de Guerreiras Mágicas de Rayearth
. Phi, de Tsubasa Reservoir Chronicles

Corvinal

The sorting hat says that I belong in Ravenclaw!

Said Ravenclaw, "We'll teach those whose intelligence is surest."

Ravenclaw students tend to be clever, witty, intelligent, and knowledgeable.
Notable residents include Cho Chang and Padma Patil (objects of Harry and Ron's affections), and Luna Lovegood (daughter of The Quibbler magazine's editor).

Take the most scientific Harry Potter
Quiz ever created.

Get Sorted Now!

Alguém, uma vez, disse que eu pareço a Luna Lovegood - o que, pra mim, é uma baita de um elogio!

No mesmo teste deu que minhas chances de ser sorteada são 54% Slytherin, 68% Gryffindor, 82% Hufflepuff e 91% Ravenclaw.

Agenda

Para quem curte japices:

. Em BH/MG tem Tanabata Matsuri* amanhã.

. Em Marília/SP tem Japan Fest de hoje a domingo [22].

. Em São, Paulo, Rio e Brasília tem palestra sobre culinária japonesa de 19 a 27 de abril.

* A lenda da princesa que deu origem ao festival também está no livro As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas.

Crássico é crássico, e vice-versa 2.

Cineclick: "O clássico musical dos anos 80, Fama dirigido por Alan Parker, irá ganhar um remake. Desta vez, quem assinará a produção será Mark Canton (300)."

Fame! I'm gonna live forever, I'm gonna learn how to fly high! ... Uia, baixou uma Irene Cara nimim agora.

A Arca: "A atriz Kate Beckinsale, conhecida por não saber escolher bons papéis, é o nome mais forte para se tornar Barbarella no remake que leva o mesmo nome da personagem-título e também do primeiro filme de 1968."

Tadinha.

Herói: "A primeira temporada de Duro na Queda será lançada em DVD nos EUA em junho, com 22 episódios e dois documentários: um sobre a série em si, e outro abordando sua canção-tema, The Unknown Stuntman (intepretada pelo próprio Lee Majors), que a Globo cortava sem cerimônia."

Não conheço a música. Buá. Obrigada, Globo.

Omelete: "Speed Racer já tinha todo o elenco central escolhido, mas faltava o Corredor X. Não falta mais: Matthew Fox, o Dr. Jack de Lost, será o misterioso piloto."

*Cataploft* Jura?! Ele tem a cabeça certinha, e o queixo também, de Rex Racer! Rex Racer é Top Olhinhos Puxados Fazível de Titia Batata.

Corega

Agora avô quer porque quer pasta fixa-dentadura do Japão. Nem pense em dizer que no Brasil também tem e blah, porque *tem* que ser a japonesa. Acho que ele não bota muita fé na Suzana Vieira.

Mas, pensando bem, nem eu.

Harry Potter e A Filosofia

No 98º dia antes do lançamento do sétimo livro da série Harry Potter tive um ataque de ansiedade [coisa que nunca me acontece *caham*] e cabei não resistindo: comprei o primeiro livro fora da série oficial [o Manual dos Bruxos não valeu, era emprestado]. Harry Potter e A Filosofia é um apanhado de artigos publicados por professores de filosofia e filósofos pró-HP a partir das leituras deles dos livros 1 a 5, no mesmo estilo de Matrix: Bem-vindo ao deserto do real. Terminei de ler no 93º dia da contagem regressiva.

"Posso ler HP e A Filosofia se só vi os filmes, tia?" Sim, claro que pode, pequeno gafanhoto. Apenas corre o risco de boiar em alguns trechos e ser enganado por pelo menos três afirmações incorretas. Uma sobre Hermione diz que [spoiler de Ordem da Fênix] ---> Umbridge morreu em conseqüência de conspiração tramada por Hermione. Umbridge não morreu, e Hermione não conspiraria para a morte de ninguém<---; a segunda incorreção é sobre a genealogia de Lilly Evans e a terceira confunde Aparatação com Chave de Portal mas, já que a Aparatação só foi bem explicada no livro 6, não é tão grave assim. Eu só espero que não tenha incorreção na parte da filosofia, que é a que interessa.
;o)

O livro é dividido em quatro partes, cada uma representando uma das casas de Hogwarts. A primeira parte é dedicada ao tema do auto-conhecimento e é dedicado, claro, à Grifinória [sim, os tradutores usaram a versão readwyler]. Pro meu gosto achei meio "auto-ajude-se a si mesmo". As seções seguintes são mais interessantes: Lufa-Lufa trata da moralidade, Sonserina de ambição e a Corvinal, da Metafísica. Temas como feminismo, justiça social, a crítica religiosa, tempo e espaço, ética e liberdade, tudo aparece aqui ou ali. Vale tanto a lida que, depois de terminado, me deu mais vontade de conhecer outros na mesma linha do que ficar agoniada enquanto Deathly Hallows não chega.

Harry Potter e a Filosofia [Harry Potter and Philosophy: If Aristotle Ran Hogwarts, EUA/2004]
Coordenação: William Irwin
Coletânea: David Bagget e Shawn E. Klein
Editora: Madras
ISBN: 8573749237
Ano: 2004
Edição: 1
Número de páginas: 252

Virginia Tech

AFP: "São poucos os que são tão indiferentes à vida humana para cometer atos de violência tão terríveis. A maioria dos que pensam a respeito nunca seriam capaz de realizar o ato em si, afirma Langlieb."

A leitura traz mais dúvidas do que explicações - a começar pelo título. Até onde eu saiba, pessoas como Cho Seuing-Hui são assassinos em massa e não assassinos em série. Mas, semântica à parte, pessoas morreram do mesmo jeito e decerto logo começarão as manifestações pró-pena de morte. Eu concordo com o ponto de vista de Dumbledore sobre o assunto.

Atualização: Relendo alguns quotes de CSI, lembrei de onde tirei a referência da semântica.

"How many crusades were fought in the name of God? How many people died because of someone's religion?"
"Fanaticism. Not religion."
"Semantics. They're still dead."
-- Gil Grissom and Father Powell (Alter Boys)

You should be dancing, yeah

Continuando com o tema da semana [breguices], também assisto esses concursos de dança pela tv [e dou palpite]. "Assisto" é modo de dizer, já que até agora só vi mesmo os do Silvio Santos porque, além de SS ser mau feito o Pica-Pau, seus jurados fogem da aparência de bonzinhos e criticam fundo, chegando ao ponto de dizer que o nadador medalhista olímpico Fernando Scherer parecia uma lombriga se remexendo. Acho isso menos prejudicial à auto-estima da pessoa do que os jurados de outro concurso do tipo, em outra emissora, que acham tudo lindo e dão nota 10 como quem distribui esmola nas esquinas, conforme vi no domingo passado.

Uma dessas juradas, ao justificar a nota 10, disse uma coisa que me incomodou na hora mas eu ainda não tinha percebido o motivo do mal-estar até ler o poste Novos olhares, de verdade da Bruna. A jurada tratou o competidor com condescendência, como são tratados os portadores de deficiência, como se estivesse fazendo um favor, um supremo ato de generosidade da parte dela. E, só por causa disso, num ato de rebeldia pessoal, não vou comprar o livro dela, nem indicar a ninguém. Ganhou a minha antipatia assim, de graça, porque eu sou humana [apesar das provas em contrário] e volúvel.

Mas o meu amor pela Bruna não muda nunca.

Crássico é crássico, e vice-versa

Yahoo!: ""Em lugar de tentar aprender alguma coisa com o vexame mais recente de Britney (Spears), vale a pena ler filósofos e escritores que refletiram a fundo sobre o tema e cujas histórias resistiram ao teste do tempo.""

Dos 10 indicados, ainda não li "Doutor Jivago" e "O Corcunda de Notre Dame" - conheço a trama apenas pelos filmes. Tenho que consertar isso.

1. O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë
2. Ana Karenina - Leon Tolstoi
3. Romeu e Julieta* - William Shakespeare
4. Casablanca - filme
5. Sonho de Uma Noite de Verão - William Shakespeare
6. Doutor Jivago - Boris Pasternak
7. Razão e Sensibilidade - Jane Austen
8. O Corcunda de Notre-Dame - Victor Hugo
9. Ligações Perigosas - filme [embora o livro de Choderlos de Laclos seja ainda melhor que o filme]
10. Orgulho e Preconceito - Jane Austen

* De tio Shakes prefiro A Megera Domada e Muito Barulho Por Nada. Não sou muito fã de Romeu e Julieta.

Cara de uma...

... fuça de outra. Só eu ou mais alguém achou a nova Miss Brasil, Natália Guimarães/MG, muito parecida com a atriz que fez a Marcia na novela "A Feia Mais Bela", Elizabeth Álvarez?

Can't fight this feeling

Na Ouvateca de abril/07 agora tem 19 das músicas bregas preferidas de titia Batata conforme poste de terça, mais a música da Kelly Clarkson que mirrita - apenas para efeito didático. Né, Sweet?
;o)

Pop

Eu não entendo o ódio no coração das pessoas que detestam o Adam Sandler. Decerto que ele não é o melhor ator do mundo. Talvez nem esteja na lista do 2.500 melhores, mas também não é pra tanto. Hoje, quando terminei de assistir Click, me dei conta que eu gosto dos filmes dele. Na verdade gosto mais ainda da trilha sonora dos filmes dele. Um cara que é fã do Styx e do Carrs não pode ser tão ruim assim.

Tá que geralmente é só besteirol; esse Click é uma versão pop do conto de natal de Dickens, incrementado com peidos e cachorros com incontinência sequissual, mas nada tão ofensivo [e inda tem Christopher Walken, o que o eleva à categoria de obrigatório, pra mim]. Por mais besta que sejam, os filmes dele têm alguns momentos ternos - e ele ri de si mesmo, o que merece meu respeito.

E, de acordo com uma reportagem da BBC, com esta declaração queimei meu filme para 23% das pessoas. Tou tããããão preocupada que não vou nem dormir...

O Terceiro Tira

De acordo com um provérbio chinês, uma caminhada de mil milhas começa com o primeiro passo, honorável panda. Assim, o primeiro para para alcançar meu objetivo de ler todos os livros possíveis referidos em Lost ganhou fôlego com um baita presente de Zaira, antes mesmo de eu conhecer essa lista. A resenha da editora compara o livro de Flann O'Brien ao cRássico inglês Alice no País das Maravilhas, mas achei o clima [e as cores] mais parecido com Pedro Páramo, do mexicano Juan Rulfo.



O Terceiro Tira [The Third Policeman/Irlanda, 1939]
Autor: Flann O'Brien - pseudônimo de Brian O'Nolan
Editora: L&PM
Ano: 2006
Edição: 1
Número de páginas: 224
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Do fundo do baú

Continuam caindo no PDUBT pessoas que procuram "fotos de deusa temis" ou "fotos de seres mitológicos" - e outros tipos de imagens também. O colunista B. Piropo, do portal Globo, deu a dica na coluna da semana passada mas [1] como a coluna já foi trocada e [2] nem todo mundo tem paciência de preencher cadastro no portal, vou repetir aqui:

. logo abaixo do logotipo do Google tem uma série de linques que começa com Web e segue com Imagens, Grupos e Diretório. Para buscar uma imagem é só digitar uma ou mais palavras-chave no formulário e clicar no linque Imagens. Não precisa digitar fotos de ou coisa parecida. Para achar as figuras da deusa grega da justiça Temis, por exemplo, é só digitar temis. Se digitar deusa temis a busca fica muito limitada e cai de quase 2 mil resultados pra cinco, apenas.

* Publicado originalmente em 27 de abril de 2004.

I'm not a dog, nooo

iG Música: "A revista Rolling Stone americana elegeu os 25 artistas que as pessoas mais têm vergonha de admitir que gostam - mas que não páram de ouvir por causa disso. A lista de maiores guilty pleasures da música foi elaborada com a ajuda dos leitores e traz artistas pop demais, bandas de metal farofa, cantores românticos bregas e Britney Spears."

Depois de me recuperar do ataque de risos que tive ao ler a última frase, descobri que sou uma sem-vergonha desavergonhada. Eu gosto [e assumo que gosto] de Rush, Electric Light Orchestra, Journey, Abba, Chicago, Boston, Bread, Monkees, Mötley Crue, Styx, Simply Red, Wham!, REO Speedwagon, Lionel Richie, Kansas, Air Supply e Hall & Oates. De alguns não digo se gosto porque desconheço [embora tenha pegado trauma da única música de Kelly Clarkson que ouvi, repetida até a náusea] e preferisse New Kids On The Block a New Edition mas, de modo geral, podem me chamar de brega que eu atendo.

As preferidas

No século passado, quando a Varig inda voava, tinha uma propaganda da companhia* que comemorava o primeiro vôo Brasil-Japão. O desenho contava uma versão light da lenda tradicional do pescador Urashima Taro, que veio para o Brasil em vez de ir pro Reino do Fundo do Mar mas, de resto, é bem parecida com a versão original. Essa lenda é a primeira do livro As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas, publicado no Brasil em dois volumes e dois idiomas - minha mãe adorou. Outra historinha que já vi em português [só não lembro nidonde] é a de Momotaro, o menino que nasceu de um pêssego [tem os que são trazidos pela cegonha, uai, por que ele não poderia nascer num pêssego?]. Hoje em dia, Momotaro é uma variedade híbrida de tomate.

São historinhas para desenvolver na criança sentimentos de respeito, de amor filial, ideais éticos e, principalmente, de não-preconceito. Antes mesmo de Shrek, o pirralho nipônico já aprendia que nem todo ogro é malvado; mesmo que seja, você deve tratá-lo com respeito - o que é diferente de aceitar as maldades que ele comete.

No site NippoBrasil tem uma seção só de lendas japonesas, aos cuidados de Cláudio Seto. Algumas das lendas do site estão no livro, outras lendas do livro não estão no site e vice-versa. Para quem gosta de literatura infanto-juvenil, mitologia, japices e afins tanto o site quanto os livros são uma boa pedida.

* V. vídeo no YouTube.

Pós-coa

Criatura paga três dígitos num ovo de chocolate só para ler na caixinha "cuidado, este produto pode causar efeito laxativo"?

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Pra todo lado que olhava na tv só via filme de cidadão vestido com túnica bege, no fim-de-semana prolongado. O jeito foi alugar filme de terror.

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Eu sabia que existia uma prima de segunda grau com o mesmo prenome e sobrenome em BSB, mas agora encontrei uma *terceira* Luciana Hikawa, graças ao Orkut [ainda estamos tentando descobrir se somos parentes]. Será que tava em liquidação?

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Ganesh, não me canso de rever e rever The Complex Tour. Se não ganhar na mega-sena, terei que vender um rim até junho para ver o show ao vivo.

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Virundum político: no single do Partido Comunista Brasileiro [ou do Brasil, algo assim] que diz que "pra dar certo a gente tem de ser ousado", eu entendia "pra dar certo a gente tem de ser rosado". E inda xingava de racista.

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Vende-se rim. Único dono.

Molho ecumênico

. 4 pimentões vermelhos grandes - tem que ser do vermelho, não serve o verde maduro
. 2 cebolas grandes
. 4 folhas de louro - tem que ser louro, não serve moreno nem ruivo [eu sei, horrívia, essa]
. 1 lata pequena de extrato de tomate Elefante - tem que ser Elefante, de outra marca não fica igual
. 1 xícara [chá] de óleo de soja
. 1 xícara [café] de vinagre
. sal qb - maomeno 3 colheres rasas de chá, mas tem quem prefira mais carregado

Lave bem os pimentões, descarte o umbigo e as sementes, pique em pedacinhos e taque no copo do liqüidificador.

Descasque as cebolas sem choro nem vela, pique em pedacinhos e taque no copo do liqüidificador.

Lave as folhas de louro, pique em pedacinhos e taque no copo do liqüidificador.

Abra a lata de extrato de tomate e taque o conteúdo no copo do liqüidificador.

Taque no copo do liqüidificador o vinagre, o óleo e o sal.

Ligue o liqüidificador.

Dá mais ou menos 1 litro de molho e agüenta até 1 semana na geladeira. Batizamos de ecumênico porque tanto fica bom com churrasco quanto com peixe ou salada de legumes - até no bifum fica bom; no pão ázimo, então, hmm. Serve a quase todas as religiões, exceto aos ímpios que não comem cebola ou pimentão. Esses vão queimar no mármore do inferno.

O Doador

Estava com dois livros para ler há coisa de um mês [para ser mais precisa, estou com 9 livros para ler ainda]. Um levou quase todos estes 30 dias pra chegar ao fim, o Praticamente Inofensiva, quinto e último volume da série do Mochileiro das Galáxias que me serviu para noites e noites de sono pesado. Os elementos de Douglas Adams estão todos lá - talvez um pouco exagerados e, de qualquer forma, quem leu os 4 primeiros fica mesmo com aquela coceira de querer saber comé que termina, inda mais porque era inédito no Brasil. Em todo caso, não muda o fato de que não entrou na minha lista de TFF [Top Favoritos Foréva].

Já o segundo foi indicação da xará Naomi Kovacs e terminei numa sentada só, ontem à noite - e isso porque tem apenas 15 páginas a menos que o Praticamente.... O Doador de Lois Lowry começa meio idílico, cenas de crianças em suas bicicletas num lugarejo ordeiro e pacato - mas conforme a descrição da ordem e paz do lugar seguia em frente, me dava uma sensação de medo crescente. Uia, até rimou.

O tema do controle apareceu num monde livro, num monde filme, num monde música, e mesmo assim O Doador vale muito a leitura. Mesmo que a pessoa seja simpatizante do comunismo.
;o)

O Doador [The Giver, EUA/1994]
Autor: Lois Lowry
Editora: Ediouro
Edição: 1
Número de páginas: 192
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Iei!

TechnoSphere voltou!! Hein? Não conhece Techosphere, pequeno gafanhoto?

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Vinícius de Moraes, autor de uma boa receita de feijoada em verso, no Poema Enjoadinho já dizia:

Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?

Então lá fui eu brincar de ser mãe no site TechnoSphere , um "mundo virtual em três dimensões habitado por formas de vida artificial criados por internautas", segundo a introdução que consta na página inicial. OK, mãe é exagero, afinal nenhuma das criaturas [que daqui para a frente chamarei de filhos mesmo] herdou os olhos amendoados ou o cabelo liso da família. Na verdade não se parecem em nada comigo, mas não deixam de ser meus filhos.

Tenho dezenas deles; alguns duraram poucas horas, outros sobrevivem vários dias -- o tempo no mundo TechnoSphere corre de forma diferente da nossa. O que para nós parece um dia são meses para eles. Esses filhos já me presentearam com netos e bisnetos -- talvez até tataranetos já que, além do tempo deles ser mais rápido, perpetuar a espécie é uma das duas prioridades na vida das criaturas [a outra é comer].

O mais interessante é que, nesse jogo, criar um filho significa definir as características físicas dele: se vai ser carnívoro ou herbívoro, escolher um modelo de corpo, de olhos, de cabeça e de rodas [sim, neste mundo virtual todos se locomovem sobre rodas]. Depois de criado e ativado, a pessoa perde todo o controle sobre o filho -- mais ou menos como no mundo real. Não há interferência externa alguma, só resta ao criador acompanhar de longe o seu desenvolvimento, a sua busca por alimento, seus encontros amorosos e, às vezes, a sua morte.

Quer conhecer Ronette, Colóquio, Tertúlias e os filhos deles? Acesse o site acima e clique em Creature Tools, Find Creatures e digite <[EMAIL PROTECTED]> no campo em branco. Para ver as carinhas e outros dados clique em Info. São meio estranhos à primeira vista mas apegados à pessoa que os criou: estão sempre em contato por email -- dizem até onde estão, quanto comeram e com quem saíram. Isso satisfaz qualquer Super-Mãe ;o)

* Publicado originalmente no 700km# 22 em 27 de julho de 2005 21 de março de 2001.

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Depois de 11.9185 anos, é certo que não restou nenhuma criatura viva minha. Mas hei de criá-los novamente à imagem e semelhança de... de... bom, de quem for a imagem e semelhança.
:o)

Horroróscopo

"Você pode estar iniciando a construção de novos valores para a sua vida. Talvez isso ocorra devido à desilusões e restrições que você têm enfrentado. Muitas vezes é a dor que leva ao despertar. Você pode escolher evoluir pelo amor ou pela dor, taurino."

Esse é o princípio básico do tal do inferno astral, num é?

Momento mulérzinha-bleargh

Tenho um anel quase igual o que a Lisa Marie engoliu no episódio de CSI:Miami de ontem.

Única diferença é o material.

Inculta e bela?

Emerson encrespou contra o uso de "possue".

Eu encrenco com o uso indiscrimado dum advérbio que ortograficamante tá até certo, mas é enfiado a torto e a direito nos lugares mais improváveis, tipo "ela usava um vestido onde era aberto nas costas", "campanha de doação de sangue, onde salva vidas", "comprou um sapato, onde colocou numa sacola" e por aí vai.

Argh.