quarta-feira, janeiro 14, 2004

Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração...

[Milton Nascimento - Fernando Brant]

Desde o século XIII, existiam em Portugal as "arcas de segredo", feitas de madeira muito resistente e dotadas de quatro fechaduras de ferro. Elas se destinavam a guardar documentos, ouro, jóias, etc. Cada chave ficava com um funcionário graduado do governo, às vezes o próprio rei. Para abrir esse baú, era necessária a presença dos quatro possuidores das chaves. Fechados dessa maneira, os segredos, documentos e tesouros da Coroa tornavam-se absolutamente invioláveis. Com o tempo, as arcas viraram peças de museu e o sete, algarismo cabalístico, assumiu o lugar do quatro no número das chaves.


Santos, mas nem tanto

Bem, e o costume de chamar de santo do pau oco um homem sonso, dissimulado, tem também alguma coisa que ver com a história? Só tem. A expressão originou-se do artifício originado no Brasil, nos anos 1700 e 1800, pelos contrabandistas de ouro em pó, pedras preciosas e até moedas falsas. Esse material era colocado no interior de imagens religiosas de madeira, de grande porte. A carga valiosa circulava entre os estados brasileiros, era levada para Portugal ou até mesmo vinha de lá para o Brasil. A prática foi habitual principalmente em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Também se fala em santinho de (ou do) pau oco, santa de (ou do) pau oco e santinha de (ou do) pau oco.

Quem disse?
"Sigam-me os que forem brasileiros!"
Duque de Caxias, na Batalha de Itororó, da Guerra do Paraguai, em 6 de dezembro de 1868.

Fonte: Eduardo Martins, Revista História Viva, Duetto Editorial, ed. 3, ano1, jan/2004, pág. 17.

"Sigam-me os bons!"
Chapolin Colorado.
;o)