sexta-feira, janeiro 11, 2008

Xeretices

Estábamos, miguxo e eu, assistindo House ontem à noite e trocando figurinhas - quase um diálogo até nos títulos, ele com Need to know e eu com You don't want to know - quando um nome nos créditos saltou-se-lhe aos olhos por fazer sempre o papel de enfermeira, num monde série e filme.

Craro que xereta aqui foi atrás.

Bobbin Bergstrom é uma enfermeira formada que trabalha como conselheira na série, ensinando os atores a agirem como médicos e os artistas convidados a fingirem os seus sintomas da doença da semana [v. podcast no Voccine]. Ela também interpreta os papéis de enfermeira ou técnica de laboratório porque, bolas, já está ali mesmo e é mais fácil do que treinar um extra. Nas horas vagas [entre uma temporada e outra], Bobbin cumpre turnos nos hospitais de Los Angeles [v. trívia no St. Petersburgh Times].

Nesse outro artigo do site Oncology Times ela tem que se defender e defender seu chefe das críticas feitas pelos profissionais de saúde contra as enfermeiras retratadas nas séries - com exceção da Carla de Scrubs. Bobbin é enfermeira registrada [registered nurse ou RN] há 20 anos e atua como conselheira de séries de tv desde o começo dos anos 90.

Achei interessante ela contar que, se numa cena estão os três pupilos de House com um paciente e algum deles tem de executar uma tarefa que seja típica de enfermeira, ela pede ao diretor que seja feito por um dos médicos e não pela única mulher do grupo, para afastar a idéia preconcebida de que a profissão de enfermeira é coisa de mulher.

Será que RN equivale ao que antigamente se conhecia como "enfermeira-padrão" no Brasil?

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Anturdia, na reprise de Needle in a haystack, House tratava de um adolescente cigano quando ouvi chamarem os não-ciganos de gadje. Uia! Segundo o Wikipedia, o idioma romani deriva dos idiomas indo-arianos e, como são nômades, foi levado para a Ásia, Europa e América. Eu fiquei foi bem com a pulga atrás da orêia porque a palavra japonesa que designa o estrangeiro, aquele que não é japonês, é gaikokujin ou gaijin. Numa pesquisa rápida e superficial não achei nenhuma conexão entre as duas palavras, mas achei foi bem curioso.

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7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Gosto muito da série House, por mais que alguns digam que ela seja "fantasiosa" demais (minha mãe é médica...). Mas só a hikawa mesmo pra descobrir essas coisas nos episódios. Já viu aquele episódio que ele conta um fato que aconteceu quando morava no Japão, hikawa? Abraços!

12 de janeiro de 2008 às 21:46  
Blogger naomi . said...

arthur, vi! niqui ele explica o motivo de ter escolhido a carreira de médico, né? eu gosto de house mais pelo aspecto detetivesco do que pelo médico... nessa parte eu fico boiando, mesmo.
:oD

13 de janeiro de 2008 às 11:56  
Anonymous Anônimo said...

é esse mesmo! tbm gosto mais por causa desse aspecto, acho muito interessante histórias de investigação, que usam da lógica e tbm do bom humor. o belga Poirot que o diga!

13 de janeiro de 2008 às 22:15  
Blogger naomi . said...

nossa, ótima analogia... igual ao poirot, house também se gaba de resolver seus casos sem sair da cadeira - ou ver os pacientes, no caso.
:oD

14 de janeiro de 2008 às 23:46  
Anonymous Anônimo said...

Realmente naomi, acho que essa é a principal diferença que vejo entre sherlock holmes, por exemplo, e house e poirot, que possuem abordagens diferentes na resolução dos seus casos. Até fica difícil enxergar o belga agachado, com uma lupa na mão procurando por pistas xD Abraço!

15 de janeiro de 2008 às 14:56  
Blogger naomi . said...

arthur, cê é fã de agatha christie também, é?

dá uma olhada em http://acasatorta.wordpress.com/

tá começando agora.

16 de janeiro de 2008 às 14:13  
Anonymous Anônimo said...

sou fã sim, toda vez que encontro alguém que tenha algum livro pego emprestado e compro tbm aquelas versões mais baratas xD

muito bom esse blog, por sinal. abraço!

16 de janeiro de 2008 às 18:22  

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