sexta-feira, dezembro 21, 2007

A palavra é de prata, o silêncio é de ouro

Made in Japan: "Quando falam que as pessoas fazem qualquer coisa para ficar mais bonitas, elas não estão brincando. Um tratamento revolucionário importado da Turquia coloca os japoneses em uma situação inusitada, a de refeição para peixes que se alimentam de pele humana."

Originalmente, o tratamento com os peixinhos Garra Rufa trata doenças da pele. Soubesse disso antes, talvez o norte-americano Paul Karason escaparia de desenvolver Argyria [do latim argentum, relativo ao elemento químico prata (Ag)] quando foi medicado com prata coloidal para curar uma dematite. Os efeitos externos da Argyria são visíveis: os sais de prata se depositam na pele, que assume uma coloração cinza-azulada [ou azul-acinzentada, depende de quem olha].

Já os efeitos internos são bem menos engraçados: problemas neurológicos que provocam convulsão, dor de cabeça, cansaço, falência dos rins e fígado, efeitos colaterais deveras indesejados para o que é anunciado como panacéia para todos os males.

Outra coisa que os japoneses usam para obter boa saúde e que parece não ter efeitos colaterais [exceto, talvez, o empobrecimento da carteira] é comer e beber ouro, desde manjus cobertos com uma película dourada até saquês com flocos de ouro. Meu pai trouxe dos dois mas pra dar de lembrancinha pros tios, eu não vi nem o cheiro...

Vídeo no Youtube de entrevista de Paul Karason para a ABC News.

[Tinha acabado de ver essa tal de Argyria no filme das 5 pessoas, e antes que conseguisse pesquisar na Internet recebi a dica do vídeo. Se isso não é transmissão de pensamento, não sei o que é.]

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