segunda-feira, janeiro 08, 2007

Censura

IDG Now!: "Três das principais operadoras de telecom brasileiras começaram a cumprir ordem judicial para bloquear acesso ao site de vídeos YouTube, atendendo a determinação do desembargador Ênio Santarelli Zuliani , do Tribunal de Justiça de São Paulo."

O pomo da discórdia é aquela ex-mulher de jogador de seleção flagrada em pleno ato de fornicação que processou o veículo de livre expressão Youtube [e o iG, eo Globo, e o bispo...]. Cá pra mim, acho que se não sabe brincar, não brinca. Muito mais digno - por incrível que pareça - foi o ex-senador republicano George Allen. E as árveres somos nozes.

ConJur: "A interdição do acesso à internet coloca o Brasil na companhia de países como China, Cuba e Irã, que não se destacam pelo apreço à democracia e à liberdade de imprensa. A maneira confusa como se formalizou a proibição revela a falta de entendimento da Justiça para atuar em questões que envolvam novidades tecnológicas como a internet."

Mas afinal mandou tirar ou não mandou? É tecnicamente viável, simples e barato ou o contrário? É fácil bloquear o acesso ao site, complicadíssimo bloquear o acesso ao vídeo específico, que foi a sentença. A esperança é que a palhaçada sirva ao menos para levantar a discussão a um nível mais elevado.

Não seria má idéia, também, introduzir a pena de ostracismo para famosidades [e políticos] que abusassem de seus direitos.

Atualização: "Após receber uma nova notificação da Justiça, a Brasil Telecom acatou a liberação de acesso ao site de vídeos YouTube, informou por telefone a assessoria da empresa. A nova decisão libera o acesso ao site YouTube por usuários que utilizam os provedores IG, IBest e BrTurbo --representando um universo de aproximadamente 5,5 milhões de internautas."

ConJur: "Começou como uma indiscrição de um casal flagrada por um cinegrafista, mas tornou-se um caso de relevância nacional que pode determinar o futuro do livre acesso à informação em nosso país."

Comungo [que verbo feio de conjugar na primeira pessoa do singular] da opinião de Junior: a pessoa em questão tinha mais é que ser esquecida - talvez por isso tenha entrado com a ação na justiça, para ser lembrada [aquela história de 'falem mal mas falem de mim'], embora agora diga que quem entrou [trocadilhos permitidos] foi o namorado.

WebInsider: "Sem o site de compartilhamento de vídeo mais popular do Brasil, onde somos a segunda maior audiência, resta-nos procurar alternativas. Sim, é possível burlar a determinação legal através do uso de proxys e outros artifícios (como o Tor), mas vamos aproveitar a ocasião para apresentar alguns sites tão bons -- ou até melhores -- quanto o Youtube."

Gulp: "Com os recentes sustos da nossa justiça em tentar bloquear o acesso ao YouTube, já desmentido pelo desembargador, porém nunca podemos confiar, porque o processo corre em segredo de justiça, e em virtude dos bloqueios que muitas pessoas sofrem para certos sites no trabalho ou na faculdade, coloco um guia com 10 maneiras que você pode tentar para burlar esses bloqueios e acessar sites que antes não conseguiria."

Estamos no Brasil, o país do jeitinho.

[Ouvindo: Luciana Mello - Olha pra Mim - - (05:05)]

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