Grinch

Durante boa parte da última semana, agravando-se perto do Natal, só dava notícia sobre as filas nos aeroportos na tv e na Internet. A responsabilidade - do governo, da empresa, do bispo, de quem seja - não foi identificada ainda, mas cá por mim tenho que os menos culpados são justamente os funcionários que estavam trabalhando nesses aeroportos, sob pressão desumana, e os que foram mais atacadas pela turba. Quando vi a imagem de duas moças retirando-se do balcão por falta de condições para trabalhar achei que elas tinham todo o motivo para isso. Pessoas ofendendo, ameaçando, teve uma que chegou a quebrar o terminal do balcão, em vantagem numérica. Fizeram bem em parar de trabalhar antes que a coisa piorasse. Decerto que o passageiro tem seus direitos; que exerça de forma adequada contra a empresa ou abrindo B.O. ou o que seja, mas não contra funcionários que, muito provavelmente, tinham ainda menos informações do que eles. Eu espero que a empresa tenha o mínimo de decência de reconhecer o esforço que seus funcionários fizeram nessa hora; pelo que vi, nenhum faltou ao respeito com os passageiros [e tenho certeza que alguns mereciam]. O contrário é que foi regra geral.

É por isso que Anthony Cade virou o Top Letrinha Fazível mais recente.

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De dez dias para trás também foram muitas as más notícias do lado de cá da Matrix. Queque foi feito do espírito natalino, gente? Tirou férias, foi? Tá um pequeno inferno aqui.

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Para me acompanhar nas jornadas frias, escuras e cruéis, agora tenho companhia. Tadinhos.

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Também vou tomar cuidado para não ouvir as músicas consideradas mais tristes na Inglaterra; já chega a Simone berrando que "então é natal".

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Roxo é a cor da estação.