De encantar
O livro me chegou às mãos assim: a menina ganhou como prêmio, num concurso de redação de uma pequena e boa da cidade, quase uma versão tupiniquim, (piorada, obviamente) daquela de que Meg Ryan é dona em Mensagem para Você. Especializada em literatura infantil. Só mesmo lá uma leiga como eu poderia descobrir Regina Machado. A escritora, não a cantora - sim, há uma Regina Machado cantora, com página no Uol e tudo mais. Não é dela que estou falando. É da escritora e contadora de histórias Regina Machado, não esquece.
Difícil encontrar um bom link que conte quem é Regina Machado. O mais próximo a que cheguei foi este aqui. Regina é pesquisadora da USP, e desenvolve um trabalho sobre narração literária e a oralidade como instrumentos pedagógicos. Do Estadão:
"No Brasil, essa retomada (da prática da contação de histórias) começou há cerca de 15 anos. Uma mescla entre teatro e literatura, o hábito de contar histórias ia perdendo força, a não ser por iniciativas individuais e excepcionais de pais e educadores.
A contadora pesquisadora, escritora e professora Regina Machado é talvez a maior responsável pela volta dessas tradições no Brasil. No começo da década de 80, ela decidiu pesquisar a narração literária e a oralidade como instrumentos pedagógicos. "Havia informações de que assim a aprendizagem da criança funcionava melhor, e quis saber o porquê", confessa.
Sem fazer propaganda alguma - só no boca-a-boca -, acabou sendo requisitada por diversas escolas, livrarias e empresas. Continuou suas pesquisas, e passou a fazer oficinas na capital e interior. Acumulou nesses 15 anos um repertório com mais de 200 histórias e ajudou a formar dezenas de grupos de contadores pelo estado."
E afinal, o livro. A Formiga Aurélia e Outro Jeitos de Ver o Mundo, da Companhia das Letrinhas. São lindos contos que nos lembram as histórias orientais das Mil e uma Noites, possivelmente. Temas universais vêm a baila numa linguagem simples, que encanta gente nova e gente velha, uma delícia. "Zabeidas, trolas, pimoras, gripas" nos fala das diferenças e do respeito à cultura alheia. "O Alfaiate Desatento" também, e de forma mais tocante. Deixa o pessoal da FNAC falar que é melhor:
"Nada é fácil nas histórias recontadas por Regina Machado. Elas têm sempre um enredo intrigante e um desfecho surpreendente (em vários sentidos), além daquilo que costumamos chamar de "moral da história". Mas, graças ao vínculo estreito que mantêm com a sabedoria do mundo tradicional, parece de certo modo que elas nunca são contadas até o fim. Como matéria de reflexão sobre a condição humana - mesmo para crianças -, elas não se esgotam. Podem sempre ser ouvidas mais uma vez."

"No Brasil, essa retomada (da prática da contação de histórias) começou há cerca de 15 anos. Uma mescla entre teatro e literatura, o hábito de contar histórias ia perdendo força, a não ser por iniciativas individuais e excepcionais de pais e educadores.
A contadora pesquisadora, escritora e professora Regina Machado é talvez a maior responsável pela volta dessas tradições no Brasil. No começo da década de 80, ela decidiu pesquisar a narração literária e a oralidade como instrumentos pedagógicos. "Havia informações de que assim a aprendizagem da criança funcionava melhor, e quis saber o porquê", confessa.
Sem fazer propaganda alguma - só no boca-a-boca -, acabou sendo requisitada por diversas escolas, livrarias e empresas. Continuou suas pesquisas, e passou a fazer oficinas na capital e interior. Acumulou nesses 15 anos um repertório com mais de 200 histórias e ajudou a formar dezenas de grupos de contadores pelo estado."

"Nada é fácil nas histórias recontadas por Regina Machado. Elas têm sempre um enredo intrigante e um desfecho surpreendente (em vários sentidos), além daquilo que costumamos chamar de "moral da história". Mas, graças ao vínculo estreito que mantêm com a sabedoria do mundo tradicional, parece de certo modo que elas nunca são contadas até o fim. Como matéria de reflexão sobre a condição humana - mesmo para crianças -, elas não se esgotam. Podem sempre ser ouvidas mais uma vez."
2 Comments:
Olá, obrigado pelas dicas, fiz o curso de contador de histórias com a Regina, acho que em 1995 mais ou menos, em Curitiba. Desde lá sou apaixonado por ela. Jamais esquecerei da história de Shu e Lin.
Beijos. Parabéns.
olá, sou Mariana e gostaria de saber mais sobre esta autora. Ela ainda ministra aulas na ECA?
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