quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Eu vi

O esquema pra pegar filme aqui em casa é um pouquinho diferente do usual: uma vez por mês, ou a cada dois meses, faço uma listinha do que quero assistir [a maioria de acordo com dicas que recolho nos blogues amigos, nas listas de emeio ou no site Omelete] e mando pra locadora. Geralmente tem de 2 a 6 disponíveis, às vezes até 8 ou 10, dos cerca de 40 títulos que escolho. Quando é fim de semana esticadão, como foi o caso do carnaval, esgoto toda a cota de uma vez só. Daí a Ana manda algum filme que não estava na lista mas que pode ser do meu gosto nos fins de semana seguintes, até eu providenciar uma nova lista.

Foi assim que vi, ano passado, "Interstate 60" [e que terminou sendo um dos meus favoritos de todos os tempos]. Em 2005 nova surpresa: ela me mandou Dias Selvagens [Intermission, Irlanda/Inglaterra, 2003], que eu nunca tinha ouvido falar - e quase que devolvo sem assistir, porque foi bem no fim de semana plantonístico. Por sorte há aquele horário morto no domingo em que sempre dá pra encaixar um filminho não muito longo [mais ou menos 100 minutos].

Logo no início o movimento da câmera já acende uma luzinha de alerta no cérebro. "Opa", diz o lobo esquerdo para o direito, "tem alguma coisa diferente aê". Não é nada de alguma das guildas de Hollywood: não tem crédito nenhum no início do filme. [Credo. Parece papinho de crítico de cinema.] De cara aparece o Colin Farrel com cara de punk mas falando de amor, de montar uma casa, de comprar frigideiras para a amada - e fica a dúvida se o cara é o amor da sua vida ou alguém a quem temer. [E a garotinha mais fofa de "In America" - esqueci o título brasileiro - é vista por alguns segundos na cena seguinte.] Outras personagens vão surgindo e suas histórias vão se encaixando umas às outras - mais ou menos como em "Simplesmente Amor", só que com mais socos, fóquiú, cerveja e cigarro e com menos atores famosos [além do Colin Farrel e da garotinha só reconheci a que fez a "Murta-Que-Geme" do Harry Potter e uma das amigas da Bridget Jones, Shirley Henderson].

Valeu cada centavo.