quinta-feira, junho 15, 2006

Copa, do lado da cozinha

ComputerWorld: "Um mês. Esse foi o tempo disponível para que o time de tecnologia da Fifa preparasse aquela que é, provavelmente, uma das mais críticas redes de voz e dados já montadas."

Só agora consegui dar uma paradinha pra ler as notícias de TI da Copa na Alemanha. Ingressos com RFID? Que xisque - e que inútil. Ingresso falsificado e na mão de cambista igual quinem em qualquer campeonato de várzea. Tinha que enfiar o RFID no... na pele. Subcutânea.

Paraná Online: "A empresa americana Avaya Inc, patrocinadora oficial do mundial como fornecedora das comunicações convergentes, instalou, sem custos, o software e a rede matriz para conectar os 12 estádios e as dezenas de escritórios separados por centenas de quilômetros."

656 hotspots com 4,5mil telefones IP. E cobertura blogal. Digo, global. Convergência é legal.

TI Inside: "Por meio do ITCC será possível transmitir os jogos para cerca de 3 bilhões de pessoas via televisão, rádio, internet e mídia impressa. Embora pentacampeões, os brasileiros, em sua maioria, só verão o espetáculo em televisão analógica, mesmo com a transmissão da cobertura por HDTV já disponível."

Enquanto isso a polícia alemã algema os arruaceiros com... fitas hellerman! Ou seja lá qual for o nome certo daquelas braçadeiras de nylon.

Olhão: "Mesmo com o ponto eletrônico, que serve para aperfeiçoar a comunicação entre os mediadores da partida, spray para ajudar na marcação de um posicionamento específico no campo, entre outros itens, o árbitro se tornou vítima da tecnologia extracampo."

O ponto eu vi, até tava em dúvida se tinha visto mesmo, de tão discreto. O spray não. Tá certo que até agora assisti um jogo e um quarto [=metade do segundo tempo de Argentina x Costa do Marfim], mas mesmo assim. Não tem spray pra marcar a linha de falta, né?

DGABC: "Nesta Copa, cada fotógrafo tem de fazer pelo menos 100 fotos de cada jogo que cobrir. Segundo a empresa, os profissionais usam somente tecnologia digital e enviam os trabalhos por meio de uma rede de fibra óptica que conecta os fotógrafos aos editores em tempo real."

Enquanto isso, as macas ainda são aquelas duas varas com uma lona esticada. A TV brasileira inda é analógica mas pelo menos o transporte de jogadores feridos é feito ni carrinhos elétricos móde não correr o risco do maqueiro dar um trupicão e derrubar o cara no chão. Até rimou.