quarta-feira, dezembro 28, 2005

Tomates Verdes Fritos

Tem um ditado que diz que o que os olhos não vêem, o coração não sente. Adaptando um pouquinho, diria que o que os olhos não vêem, a cabeça esquece. Foi assim que me senti enquanto assistia este filme que já vai completar quinze anos [Fried Green Tomatoes at The Wistle Stop Cafe, EUA/1991] e só agora saiu em DVD por aqui - não que eu esteja reclamando, longe disso. Afinal. "Ruas de Fogo" demorou vinte anos e o DVD dele não traz nem um mísero extra. "Tomates..." tem o básico mais o making of, com entrevistas e tudo o mais. Além disso a capinha informa que é uma versão estendida, i. é, com cenas adicionais que não foram ao ar no cinema ou nos VHS - mas como assisti há pelo menos uns 13 anos não me lembro do que tinha e do que não tinha da primeira vez. Em todo caso, um amigo pôs reparo que pelo menos o título é estendido: na capinha está grafado "Tomates Verdes e Fritos"; esse *e*non ecziste, ele non pertence a esse corpo. Nas legendas tá certo.

A história faz chorar várias vezes e tem algumas passagens realmente impróprias para menores de 14 anos, mas eu assisti mesmo assim. Trata essencialmente de coragem: coragem de superar perdas, de quebrar tabus, de enfrentar preconceitos de várias cores e tamanhos e também de se permitir uma boa amizade. A gente alterna riso e choro com muita facilidade, graças ao trabalho de três gerações de atrizes: Jessica Tandy, Kathy Bates, Mary Stuart Masterson e Mary-Louise Parker. O trabalho delas é de encher os olhos, quase não se sente passar as duas horas do filme - a trilha sonora também é uma mão na roda; gostei bastante de Cherish [a primeira música, se não me engano] e A Charge To Keep I Have, uma meio blues que está mais para o final.

Claro que, quando o filme acaba, bate a maior vontade de experimentar o tal tomate verde frito [o churrasco especial eu dispenso, senquiu]. Na época até tentei fazer, mas por algum motivo não deu certo. Talvez tenha sido a falta da receita adequada, quem sabe? Nada muda o fato de que este é um dos meus TFF: Top Favoritos Foréva. Towanda!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Às vezes tenho a impressão de que nunca entendi o final desse filme.

6 de junho de 2009 às 00:26  

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