sexta-feira, dezembro 16, 2005

Experiências Oníricas Esdrúxulas

[Elas estão de volta, iei!]

Um grupo de não-cientistas desenvolve uma substância química que vai tornar a vida de milhões de pessoas muito melhor [ou salvar vidas, não me lembro direito...] que deve ser absorvido pela pele. O modo que eles encontram para isso é um sapato tipo Kichute, feito de borracha de pneu macia e maleável. Nos primeiros testes a substância não faz efeito, mas eles conseguem vender o modelo do calçado que fez muito sucesso. Estão no laboratório tentando descobrir o que deu errado. O laboratório é todo de aço, em formato de cúpula. No centro uma outra cúpula com a abóbada de vidro contém uma espécie de caldeirão: a tal substância borbulha, emitindo uma luz alaranjada sobre todos. Eles se distraem discutindo e ela começa a entrar em ebulição. Todos se apavoram e saem correndo; um fica para tentar controlar a explosão [sim, senhoras e senhores, temos um herói!]. Os corredores são em espiral feito um pirulito de açúcar, as paredes são todas de aço escovado. Quando chegam à recepção o telefone está tocando, e é claro que a única mulher do grupo pára para atender. E é claro que é alguém com alguma questão extremamente fútil, porque quanto mais fútil a questão mais a pessoa insiste nela. É uma lei da natureza. A mulher e a pessoa do outro lado brigam; um dos colegas passa correndo e a arrasta para fora [se fosse eu deixava lá para explodir]. Mal saem pela porta e o cara que estava no telefone encontra-se lá, com o filho nos braços - mas se a gente prestar bastante atenção o filho dele parece muito com um pedaço de pescoço de frango frito, já meio comido [que que eu posso fazer? é a fome da madrugada]. Também estão lá fora as esposas dos outros não-cientistas, preocupadas [o sonho é meu, então o tempo corre no meu ritmo].

O furdunço é grande, mas o que me chama a atenção de verdade é o cabelo daquelas mulheres: tem uma que pintou de laranja vivo, outra armou todo para cima, são umas 8 mulheres com os cabelos mais inacreditáveis que alguém pode sonhar. Olhando para o laboratório do lado de fora só vejo um furgão velho: é a entrada disfarçada para as instalações ultramodernosas de aço. Um dos não-cientistas vem ao meu encontro e sentamos na arquibancada [de onde surgiu eu não sei] à espera daquele que ficou lá dentro. Há um mal-estar entre a mulher de cabelo laranja e eu, e meramente desconfio do motivo, mas aí o não-cientista herói sai do furgão com apenas algumas queimaduras no rosto, como alguém que ficou muito tempo perto de uma solda sem proteção, e nós tomamos um táxi para ir ao hospital. Sobe a música. Um sonho com começo, meio e fim! Há anos não tinha um desses.