quarta-feira, dezembro 14, 2005

Como água para chocolate

Vida Simples: "Todo mundo tem uma receita ou um quitute que, na primeira bocada, é capaz de parar o mundo e transportá-lo para outro tempo e espaço. Trazer memórias, recordações de sua própria história. Seja da infância, da terra natal ou de um destino longínquo visitado numa data quase esquecida. Comida que traz memórias afetivas, que aconchega."

Das lembranças mais fortes que carrego comigo está o anko da minha bá, minha avó materna. Se ela se lembrasse dos filhos e netos hoje em dia decerto associaria o doce de feijão azuki mais ao meu irmão, caus que quando ele era pequeninho roubou e comeu uma panela inteira de anko escondido debaixo do futon. Ela sempre contava essa história quando fazia uma receita, mas eu não consigo comer algum doce recheado sem lembrar do sabor do anko de batian, muitas vezes comido puro e ainda quente, surrupiado do tabuleiro debaixo das vistas dela - que nunca falava nada.

[E vem o Paulo contar que em Bastos tem picolé de azuki. Gânesh! Terei que fazer uma visitinha pros parentes bastenses, agora...]