Av. Brasil

Outro dia [semanas atrás!] conversava com um amigo que a maioria das cidades brasileiras têm uma rua Washington Luiz e uma Getúlio Vargas [no caso das paulistas, também uma Avenida 9 de Julho]. Só esquecemos de mencionar a onipresente Avenida Brasil.

Em Olímpia a Av. Brasil tem quatro pistas e canteiro central. O único detalhe diferente é que ela é cortada ao meio na transversal - sim, no sentido da largura. A primeira parte termina na frente do Instituto Santa Filomena, uma creche que foi muito boa mas parece que enfrenta problemas administrativos hoje em dia. Daí tem que virar a Bernardino de Campos, contornar o Instituto, dobrar de novo na antiga Jorge Tibiriçá atual David de Oliveira, e seguir o resto da Av. Brasil que sai da frente do colégio Santo Seno. Muito louco.

Morei na Av. Brasil um tempo, na parte que concentra as fábricas de móveis. Era vizinha de uma, até. Ficava a uma quadra da escola [o próprio Santo Seno] e a duas da academia de caratê - não, eu não fazia caratê, só utilizava os aparelhos e fazia alguns exercícios. Da última vez que encaixotei minhas coisas [uns 2 anos] achei a carteirinha da academia. Como era mesmo o nome do Sensei?? Alguma-coisa Ferranti - Brasil Ferranti, acho. Espero que não tenha jogado fora... apesar da foto. Fotos 3x4 já são horríveis, mas o cabelo que eu usava, ó Grande A'Tuin! Era o fim dos 70's, começo dos 80's.

Nessa casa tinha um quarto que era usado como "farmácia popular". O pessoal da igreja Nossa Srª Aparecida arrecadava e distribuía medicamentos para pessoas carentes que não tinham condições de comprar muito antes do Zé Serra voltar do exílio, e meus pais eram os responsáveis pelo armazenamento. Aquele quarto tinha um cheiro de farmácia inesquecível. Foi lá também que meu irmão tomou o primeiro porre da vida dele. Tinha 7 ou 8 anos e encheu a caneca de licor de cacau. Minha mãe achou que ele estava doente, quase morrendo, e correu pra farmácia [Galeno, ainda existe. Só não sei se na placa ainda está escrito Pharmacia]. Voltou com flaconetes dessa coisa que se toma quando se enche a cara e a promessa de uma surra fenomenal pelo susto.