sábado, fevereiro 22, 2003

- Você é feliz? - perguntei.

- Não posso ser feliz enquanto esta guerra existir.

Era época do Timor Leste, ainda. Hoje tem outro nome, não? Tio Nuno decerto há de refrescar minha memória combalida.

Entristeceu-me perceber que, para ele, a felicidade dependia de fatores externos sobre os quais não tinha nenhum domínio. Em parte era essa sua consciência do mundo que me mantinha ligada a ele e no entanto... Eu sou muito terrena, ele é universal. Eu sou muito simples, ele um cosmopolita.

Ele morreria pelo mundo e eu apenas por uma pessoa. Não era para dar certo.