quinta-feira, setembro 13, 2007

Nem pão e nem circo

Terra: "O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (Democratas), defendeu ontem a Nestlé. Ele afirmou que a sugestão da empresa de reduzir a qualidade nutricional da sopa a ser distribuída aos sábados em escolas foi acatada por uma "questão técnica"."

Diário de Marília: "O cardápio oficial da licitação prevê fornecimento de leite, chocolate, pão e manteiga. Mas um documento identificado como cardápio servidor em uma Emei aponta outra situação: goiabinha e suco. [...] Os documentos estão em mais uma suspeita investigada no contrato entre a SP Alimentação e a Prefeitura de Marília. O valor estabelecido para cardápio equilibrado e moderno passa longe da realidade vivida pelas crianças na rede municipal de ensino."

As duas notícias acima são do tipo que promovem a cassação [ou a renúncia, mais freqüentemente] em países sérios. Na China pode valer até pena de morte. Enquanto nisso, num país muito distante, a realidade é outra.

Estadão: "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, em Copenhague, na Dinamarca, que o importante, depois da absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é que a Casa volte a funcionar com normalidade, para votar projetos de interesse do País."

E claro que, naqueles outros países, a queda dum político acontece porque sua malversação provoca queda nos índices de aprovação e confiabilidade da população, coisa que não se repete num país muito distante [do que a gente gostaria que fosse o nosso].

Atualização: Como votou o seu senador? O que votei na eleição mais recente não se elegeu, mas o da anterior [os mandatos são de oito anos] foi pela cassação.

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