domingo, agosto 20, 2006

Fúria sobre rodas

Quando a sacolinha da locadora chegou e vi um dos filmes que continha, eu pensei que tivessem trocado na hora de entregar. Já aconteceu uma vez e a Ana sabe que não gosto de filme do tipo "Mais rápidos e velozes em alta velocidade máxima" mas, he, desta vez fui eu que marquei na lista. Apenas esqueci que se tratava da adaptação dos quadrinhos belgas Michel Vaillant, de Jean e Philippe Graton. O título brasileiro Fúria sobre rodas [Michel Vaillant, França/2003] minganou.

A história trata da família dos Vaillante, construtores de carros [e caminhões]. O pai Henri [que na vida real é pai de *ui ui* Vincent Cassel] administra a fábrica, seu filho mais velho Jean-Pierre é o chefe da equipe de corrida niqui compete o filho mais novo, Michel. A família Wang compete com a fábrica e equipe Leader, e sempre perde mesmo usando de sabotagens e atentados, o que provocou um grande trauma de infância na atual proprietária Ruth Wang [para poupar o trabalho de quem assistir e fica se perguntando "ondé que já vi essa fuça antes?", titia Batata responde: no primeiro Bridget Jones; é a americana que rouba o Hugh Grant da Bridget]. Não que a Vaillant seja um anjo de candura, v. a parada no posto de controle do rally do Canadá. Em alguns momentos acho que Michel Vaillant parece muito o Ayrton Senna: quando ele explica as marcas de pneu na pista particular da família e fala sobre as árvores, o vento e o sal, por exemplo.

Luc Besson produziu o filme e colocou dois carros nas 24 Horas de Le Mans em 2002 para pôr no filme [ele teve que contratar dois pilotos de verdade para conseguir tempo de classificação] e conseguiu, além da Le Mans, paisagens de deixar boquiabrida. Que filme bonito, benzadeus. Saiu direto em dvd no Brasil, sem um pingo de extras. Achei estranho que, no trailer, todos falavam francês. No dvd a personagem Ruth Wang fala inglês - e de vez em quando dá a impressão que os dois personagens americanos da equipe Vaillant são dublados, o movimento dos lábios não combina com as palavras. Em todo caso, o que importa é ver Sagamore Stévenin fazendo biquinho o filme inteiro. *Ulalá*