A vida é...

Evito, sempre que possível, comentar sobre minha vida - especialmente sobre problemas de qualquer natureza, na medida do ditado popular "fulano vê as pinga que eu bebo ma num vê os tombo que eu levo". Cada um já tem a sua própria cota pra dar conta.

Hoje abro uma exceção, caus que tenho amigos que viajam para trabalhar e têm que passar duas vezes na frente dum presídio rebelado; tenho amigos que trabalham dentro de presídios rebelados; tenho amigos que trabalham em prédios-alvo; tenho amigos que são o alvo [policiais civis, militares, bombeiros, federais]. Eu mesma moro na frente de um prédio-alvo, a menos de 100m de outro - que eu sei, por fonte segura, detém pelo menos um componente da organização por trás dos antentados. O quarteirão inteiro [na frente, atrás e dos lados] está bloqueado, viaturas passam a noite estacionadas no portão de casa por ser ponto estratégico. Durmo [ou tento] ouvindo a comunicação na freqüência da polícia, do lado de fora. A gente vê pessoas se aproveitando da situação, das maneiras mais torpes. Tá foda.

Se ficar pensando nisso o tempo todo a gente enlouquece no mau sentido [parafraseando um locutor famoso na cidade] então... De volta à programação normal.