sexta-feira, maio 06, 2005

E por falar em censura...

O Marcelo comentou sobre uma cartilha governamental destinada a jornalistas, professores e outros quetais que condena o uso de expressões com conotação discriminatória.

Agora leio que o deputado federal Ronaldo Caiado [lembram dele? da UDR?] conseguiu na Justiça que o novo livro do escritor Fernando Morais [Na Toca dos Leões] seja recolhido das livrarias por conter uma declaração atribuída a ele e que Ronaldo nega ter dito.

Não sou fã do deputado, mas ele deu um tiro no pé desta vez. Não apenas chamou a atenção da imprensa para o livro - que deve ter as vendas aumentadas graças a essa publicidade gratuita - como demonstrou ter pouco jogo de cintura ao tentar resolver o problema com o uso da força bruta, característica dos políticos da velha escola. Os políticos mais espertos contam com uma boa equipe de marketing que reverteriam o caso de forma que ele figurasse antes no papel de vítima, o que seria bem providencial para as eleições próximas. Exemplos desse tipo de neo-político há aos montes, basta assistir as propagandas eleitorais no intervalo da tv.

Ah, e por falar em marketing, o livro trata justamente da história da agência W/Brasil, do Washington Olivetto.

O homem é poderoso, hein? Ganha música do Jorge Benjor, livro do Fernando Morais...

Puritanismo - Já no país amigo do andar de cima, mais especificamente no Texas [estado natal do atual presidente George W. Bush governado por seu irmão], a câmara dos deputados estuda proibir que as cheerleaders balancem o popozão nas coreografias. Isso me lembra uma comédia que assisti no fim de semana [o filme é tão bom, mas tãããão bom que já esqueci o título 4 dias depois] sobre um grupo de adolescentes americanos que viaja pela Europa. Em Amsterdã um deles resolve conhecer uma [boate? casa de sexo? como se chama aquilo?]. Ao perceber que ele é americano, a dominatrix fica com pena [!!!] porque o país foi colonizado por puritanos europeus e portanto o rapaz não teria nenhuma experiência sexual digna antes de pôr os pés ali. A gente ri mas não é o caso.