domingo, março 09, 2003

Não foi, absolutamente, planejado. O dia oito de março foi dedicado ao “universo” feminino em casa, mesmo achando o que acho sobre o tal Dia Internacional da Mulher.

Começou na sexta-feira à noite quando li, de uma sentada, Mulherzinhas [Little Women, Mary Louise Alcott]. Com as defesas do organismo baixas mais a sagrada TPM chorei o livro todo. Patético. O travesseiro ficou ensopado. Já tinha assistido duas das versões filmadas e não me lembrava de ser tão Kleenex-made.

No sábado vi Eu Tu Eles e Chocolate. Em Chocolate chorei pouco, só quando Armande [Judi Dench] pediu à Vianne [Juliette Binoche] uma festa pelo aniversário de 70 anos e quando Carolynne estava lubrificando a bicicleta de seu falecido marido para seu filho, que ela mantinha em cárcere espiritual.

[Ah, sim, se não viu esses filmes ainda desculpe contar as coisas de supetão.]

Mas é o tipo de filme que não se pode assistir de estômago vazio. Se não chorei tanto babei o suficiente para eliminar a mesma quantidade de água do corpo.
;o)

Em Eu Tu Eles também chorei só duas vezes, nas duas em que Darlene [Regina Casé] chorou aquele choro sofrido de mulher que se separa da cria: quando entregou o filho mais velho para o pai da criança [aquele olhar comprido por cima da porteira valeu todo o filme] e logo depois do parto do último, quando achou que Ozias [Lima Duarte] tinha lhe tirado todos os filhos que restaram.

Nesse e no Abril Despedaçado os subentendidos e as meias-palavras foram bem utilizadas, né? Bem diferente das novelas atuais, em que tudo é declarado, dissecado, exposto em todas as palavras possíveis. Só falta colocar uma legenda “explicativa” no estilo Cidade Alerta.

Gostei muito de Eu Tu Eles.

Para desintoxicar de tanta mulherzice hoje vou ver A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça.
;o)