segunda-feira, junho 26, 2006

Nhé

O Fantástico botou um grupo de pessoas para fazer leitura labial no Parreira pra ver o que ele diz quando pensa que ninguém mais está ouvindo [e ele ficou muito puto]. Fizeram isso com o Zico também no jogo Brasil x Japão.

Na carnificina que foi o jogo Portugal x Holanda [que consegui pegar os últimos 40 minutos] eu, que não tenho prática tampouco habilidade nessas cousas, nem precisei de um leitor de lábios para entender o que o técnico Luiz Felipe Scolari berrava para o treinador holandês, o ex-jogador Marco Van Basten: "você não tem vergonha, não?". Pelo visto nem vergonha nem espírito esportivo. A negativa da equipe holandesa em devolver a posse de bola a Portugal foi o exemplo mais gritante de falta de fair play [explicado pelo Cláudio], homenageado com vaias toda vez que o time atacava.

Uma pena. Eu respeitava Van Basten porque, além de ser um dos melhores atletas de sua geração [e a concorrência era acirrada nos idos 80-90], inda pregava o jogo limpo caus que ele próprio foi vítima de jogadas faltosas, que acabaram com o seu calcanhar. Pelo jeito o discurso era da boca pra fora, senão não diria que apenas o amarelo dado ao jogador holandês que entrou numa voadora na coxa do Cristiano Ronaldo foi "boa e justa".

Boa e justa foi a desclassificação da seleção nas oitavas.