domingo, julho 31, 2005

Do inferno

A primeira obra do roteirista Alan Moore que me lembro de ter visto foi a que deu origem ao filme homônimo, com um perturbador Ian Holm e Johnny Depp ensinando a beber absinto - pensou que fosse apenas verter num copo e virar? Nah, há todo um ritual... Susan Sarandon também fez uma demonstração num filme mais recente [Alfie, com Jude Law], mas, obviamente, eu prefiro Depp.

Isto era o que eu pensava; antes eu não ligava para os autores das histórias. Antes disso já tinha visto, sim, outra obra de Alan Moore: na verdade, boa parte do roteiro do Batman de 1989 [aquele em que Michael Keaton teve que recorrer a uma prótese no queixo, para deixá-lo mais forte e másculo *tsc*] deriva da graphic novel A Piada Mortal de Moore. Mesmo o arco atualmente publicado no Brasil, Desforra [editado pela Panini, a partir da revista Batman 30 com roteiro de A.J. Lieberman e arte de Al Barrionuevo], se utiliza fartamente das diretrizes de Moore, em especial do passado do Coringa. Na DC ele ainda garibou alguns arcos para o Superman - que não está na minha Top 10 Heróis Favoritos, mas cheguei a dar uma espiada em Superman: o homem que tinha tudo.

Depois inda vi A Liga Extraordinária na versão filmada - quem leu a graphic reclamou adoidado por conta da inclusão de Tom Sawyer como um pastelão que só sabe resolver as coisas com um revólver, tipicamente americano e que não existe na versão quadrinhos [Alan Moore é britânico]. Essa reclamação é algo que quero comprovar ainda, quando ler a obra [está na minha wishlist à direita, num sabe?].

De Moore também são as HQ's Watchmen [que teve sua versão para o cinema rejeitada por conta dos custos *snifs*] e V de Vingança, que estréia em novembro.

Em todo caso, seja nos quadrinhos ou no cinema, vale sempre dar uma olhada no que tem a assinatura de Alan Moore. Mesmo quando ele a retira.

[Ouvindo: Duran Duran - Hungry Like the Wolf - Greatest (3:24)]