domingo, junho 26, 2005

Vem, Joquinha, vem

Estava a assistir uma propaganda da série "vem, Kaiser, vem" niqui um grupo de senhôuras faz uma sessão convocatória, chamando o esprito do [suponho] espôuso de uma delas, o tal do Astolfo. Uma diz:

-- Eu acho que ele não vem.*

Ao que a [suponho] viúva redargüe que ela preparou tudo o que ele gosta[va]: na mesa pratinhos de frituras e uma cerveja.

-- Ele vem. Vem, vem, Astolfo, vem.

E batuca na mesa.

Ele vem, de fato. Estava no céu, tocando harpa num sofá de nuvens [ô tédio. depois me perguntam porque não quero ir pro céu] quando o chamado [eu diria mais um Accio Astolfo!] o alcança e ele despenca sentado no sofá das velhinhas. Surpreso, estende as mãos para o copo e a cerveja [prioridades, compreenda] quando um novo batuque e o coro feminino de "vem, Astolfo, vem" se faz ouvir de novo. E de novo ele cai, desta vez sentado no inferninho com garotas más que vestem vermelho.

Adorei. Me fez lembrar tanto o Joquinha...

* Me fez lembrar também, por bizarro que pareça, Metrô: "eu acho que ele não vem [não não não não], ele não vem não [não não não não]. Ou será que virá-á-á?"

[Ouvindo: Jorge Ben, À L'Olympia - Luciana (Para Ouvir no Rádio) - (6:27)]