Das coisas que a gente come

Imagine um estrangeiro, num intercâmbio, por exemplo, que veio aprender português. Convido para almoçar e pergunto se ele gosta de orelhas de padre bem ou mal-passadas. Susto na certa. Ele volta correndo pro país natal, qual seja, com a idéia de que este é um país de bárbaros canibais.
:o)

Mas afinal - por quê cargas d'água chamar uma vagem assim?? Eu conheci uns poucos padres [e um bonito o bastante para me fazer pensar em ser freira por uns vários anos] e nenhum deles tinha a orelha verde e cheia de bolinhas... A criatividade humana é um dom maravilhoso.

Outra "parte" dos padres que é comestível é o chapéu, uma espécie de pimentão verde-claro. Mas deste é óbvia a inspiração: o formato lembra mesmo um chapéu de padre [v. calendário de padres romanos].

Já São Caetano emprestou suas lágrimas pra batizar uma espécie de jiló comprido - não, não um jiló, coitado, que nem é tão ruim... mas um trem amargo e com saliências na casca parecidas com as gotas de parafina das velas choronas. Deve ser um santo bem popular, agora lembrei também dos melões de São Caetano que parecem pequenos pepinos redondos e estão mais para testículos de São Caetano do que para melões, mas - enfim, deixa pra lá.
:oD

[Listening to: Maneater - Hall And Oats - VH1 Behind The Music (04:33)]